Há muitos anos o mundo dos negócios, e especialmente o da propaganda, anteviu a chegada deste dia. E ele está muito próximo.

Um relatório do site de pesquisa eMarketer prevê que, em 2017, a verba investida em mídias digitais finalmente irá ultrapassar a verba de TV nos Estados Unidos.

Confira no gráfico abaixo:

Em um mundo onde estamos cada vez mais conectados à internet (tanto em número de pessoas como em quantidade de horas), as marcas tentam acompanhar a migração da nossa atenção, adaptando sua presença e suas ferramentas em diferentes plataformas.

Um outro grande fator que contribui para essa revoada de dólares em direção aos meios digitais é a grande capacidade de mensuração. Diferentemente da TV, do rádio e da mídia impressa, os meios digitais contam com tracking codes que criam possibilidades quase infinitas de métricas – o que tornou o mundo da propaganda refém dos números e do retorno rápido, na visão de alguns profissionais, mas isso é assunto para outro post.

 O fenômeno second screen

A proliferação dos notebooks, tablets e, especialmente, os smartphones, trouxe ainda um interessante fenômeno conhecido como second screen – ou segunda tela, em inglês. Ele refere-se simplesmente ao ato de assistir TV ao mesmo tempo em que se utiliza um ou mais dispositivos adicionais, como o celular, por exemplo.

Isto hoje em dia é tão comum que até passa despercebido por muitos de nós. O simples fato de eu estar escrevendo sobre isso entrega um pouco a minha idade – para os millenials, não é nem digno de nota. As gerações mais novas veem isso como uma coisa absolutamente normal, ou mais ainda: muitos nem sequer serão encontrados na frente da TV, e sim consumindo conteúdo somente nos dispositivos digitais, sob demanda, seja nas redes sociais, seja em seus canais de YouTube favoritos.

Um relatório da Accenture mostrou que 87% dos consumidores usam mais de um dispositivo ao mesmo tempo, principalmente o celular (57%). Entre os jovens de 14 a 17 anos, 33% já dizem não ver filmes ou programas de TV na própria televisão, e 26% deles também abandonaram a TV quando assistem esportes.

Nada mais natural que, com Facebook, Twitter e Instagram ao alcance dos dedos, desejemos compartilhar nossas impressões e experiências televisivas como fazemos com todas as outras. Interagir na conversa sobre o próximo eliminado do Masterchef, o tapete vermelho do Grammy ou o show do intervalo do Super Bowl são alguns exemplos. Na era da convergência, várias marcas estão sabendo aproveitar este novo comportamento do consumidor.

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